“O Comercio Justo também se baseia em que cada produto tenha um preço mínimo, ou seja, um preço que foi estabelecido de acordo com estudos de custo de produção, que é um custo que compensa esse trabalho, esse esforço que as pessoas fazem para produzir esses bens. e serviços, e isso também torna os produtores menos vulneráveis a aumentos e quedas de preços devido à lei de oferta e demanda”., ressaltou.
Atualmente, mais de 940 organizações possuem a certificação Fairtrade na América Latina e Caribe e, além de receberem um preço mínimo pela compra de seus produtos, também obtêm uma renda extra por meio de um prêmio social para projetos produtivos ou de desenvolvimento social. Durante a pandemia do COVID-19, o sistema permitiu que esse prêmio fosse usado para as necessidades mais urgentes das organizações e suas comunidades.
Além disso, foram criados os Fundos de Socorro e Recuperação Econômica CLAC e Fairtrade, que possibilitaram o financiamento de despesas médicas, hospitalares ou funerárias; a implementação de protocolos de biossegurança; aumento dos custos de produção; a compra de alimentos básicos; subsidiar parte do pagamento da certificação Fairtrade; bem como iniciativas de soberania alimentar e diversificação produtiva; a produção de insumos orgânicos para a agricultura; e diversificação de mercado.
Entre os dois fundos, CLAC e Fairtrade investiram mais de 1,5 milhão de dólares beneficiando 145 mil pessoas em 19 países. O Relief Fund apoiou 308 organizações e o Economic Recovery Fund apoiou iniciativas de 68 organizações.
“Esses fundos vieram para apoiar substancialmente nossas organizações. É preciso reconhecer que, apesar de todas as dificuldades, a atividade produtiva foi mantida graças ao compromisso responsável das partes, dos consumidores socialmente responsáveis de um lado e nós produtores do outro”. disse Miguel Ángel Munguía, presidente da Diretoria da CLAC.
O Comercio Justo é uma soma de vontades para construir um mundo mais justo. Assim, a celebração terminou com a apresentação da canção “Com Comercio Justo, você e eu somos mais”, elaborado de forma colaborativa por um grupo de músicos talentosos de diferentes países que aderiram à campanha para difundir ainda mais os benefícios do Comercio Justo na região.
Participaram desse coletivo Orito e Jenn, da rede de bateristas da Colômbia, Sebastián Cárdenas do Chile, no trompete, os argentinos Agustín Ganem, com o charango, e Fernando Romano no piano, e o brasileiro Nei Casemiro com o voz e violão. Todos sob a coordenação do produtor musical argentino Sebastián Pugliese. A letra ficou a cargo de Sergio Onzari, Orito Cantora e Nei Casemiro. O desenvolvimento da música incluiu duas sessões transmitidas ao vivo pelo canal do CLAC no YouTube em que os músicos somaram vontades para a construção coletiva que também contou com forte participação do público.
“Você e eu somos mais, você e eu juntos”; “Você e eu, somos mais, você e eu, juntos”, diz a música que combina espanhol e português para unir vontades pelo comércio justo em nosso continente.